quinta-feira, 30 de junho de 2011


“Não sei se quero descansar por estar realmente cansada ou se quero descansar para desistir.”

terça-feira, 28 de junho de 2011

chegaram no meu coração?

Chegaram, meu coração está tão frio quanto o inverno de SP
Meu coração está tão sujo quanto as ruas dessa cidade
Ele anda acelerado como os carros na Avenida São João
Meu coração hoje é mais cínico do que as meninas do Jardins
Ele anda assustado como a senhora que caminha apressada de volta para casa
Meu coração quer respirar ares do Ibirapuera sempre
Meu coração só respira ares do túnel Mário covas
O coração já tem uma cova.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Quando é que você volta com histórias boas para me contar? Quando é que eu vou permitir abrir mão do orgulho que me consome?Prometo por mim e por você, por nós, que esse é o último texto que escrevo antes do seu regresso, e caso não volte esse é o ultimo texto sobre você. É fato que a dor continua aqui, vez enquando ele aperta demais no peito, mas escrever sobre ela é reviver seus momentos mais agudos.

Ninguém me comove como você, e isso é patético, pois saio buscando por ai alguém que possa tocar minha alma, e ninguém conseguiu até hoje ultrapassar meus lábios vazios. Minha voz cansada repete no mesmo tom os motivos pelo meu choro, minha mão cheia de calos pega na garrafa de bebida gelada e segura forte como se assim entorpecesse a dor,como se assim anulasse tudo que já foi.Quem me dera resolver isso com choros,gelos ,bebidas ou cigarros. Algo nesse filme lhe parece clichê? Só falta o velho rock roll.Engraçado, não estou tentando reviver um clipe de um punk melancólico, ele que está tentando reviver-se dentro de mim,somos tão humanos não? Nossas dores são tão iguais. A musica toca ao fundo e eu no banheiro chorando, e dizendo pra mim mesma – vai passar, vai passar... Vontade de gritar- então passa porra! O que estamos fazendo com nos mesmos? Estou me anulando com promessas de risos fáceis e não encontro nada além de um chão sujo o seu silencio de madrugada.

"Ele me esquecerá. Deixará sem resposta minhas cartas [...]. Eu lhe mandarei poemas, talvez ele responda com um cartão-postal. Mas é por isso que o amo. Proporei um encontro – debaixo de um relógio, ou numa encruzilhada; esperarei, e ele não virá. É por isso que o amo. Ele se afastará da minha vida, esquecido, quase inteiramente ignorante do que foi para mim. E, por incrível que pareça, entrarei em outras vidas; talvez não seja mais que uma escapada, um simples prelúdio. [...] continuarei a deslizar para trás das cortinas, para o seio da intimidade, em busca de palavras sussurradas a sós. Por isso parto, hesitante mas altivo; sentindo uma dor intolerável, mas seguro de que vou triunfar nessa aventura após tanto sofrimento, seguro – quero crer – de que no fim descobrirei o objeto do meu desejo"

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mais um



O coração acelera e tenho em minha mãos o único objeto que nos uniu por tanto tempo, já nem sei quem treme mais. Enquanto a música toca penso nas possibilidades de felicidade que poderei ter dizendo um simples oi. São muitas,acredite.



Escrevi esse trecho a dias, e há dias não consigo escrever mais nada,falo sempre de você em meus textos porque nada mais tocou tão profundamente minha alma,nenhum poema, nenhum verso de Caetano nenhuma música erudita,nada. Quem disse que o vazio não doí? me pergunto o que é pior, ter você ou ter o vazio.Estou ficando cheia de vazios...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

deixa em paz meu coração que ele é um pote até aqui de mágua, e qualquer desatenção, faça não, pode ser a gota d'água.

chico

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O que fazer quando a voz não sai mais? como uma esponja boba que só sabe filtrar, eu faço o mesmo.

somos monstros vestidos de palhaço

Enquanto caminho na rua com passos largos e uma presa não sei do que, tento observar algo que possa me prender no meio de tanta gente e tanta fumaça.
Não consigo mais enxergar, virei robô. Não queria virar uma máquina que não sabe mais nem que cheiro a chuva tem.
Mas meus passos são sempre os mesmos, e minhas risadas são sempre pelo mesmo motivo- para não morrer.
Carrego um peso enorme todos os dias em minhas costas, e não consigo tirá-lo por nada, nem quando chego em minha casa e tiro a mochila das costas, nem quando eu chego em minha casa e tomo um banho quente,nem quando...
Sinto que estou ficando fraca aos poucos, um ser humano que aceita tudo de cabeça baixa que só pensa em quando a semana vai começar e quando ela vai acabar porque tenho muita presa. Sinto que estou ficando fraca, os tapas na cara que a vida me dava hoje me dói o dobro e tenho uma vontade enorme de desistir sempre. O problema é: Desistir do que? Deus, se há uma escapatória dessa agonia incessante que sinto todas as manhas, que você me diga.
Mas tudo é muito vago, eu estou ficando vaga. Tenho um turbilhão de coisa dentro de mim, porém estão começando a se anular,uma por uma.
Neste momento, sou barquinho de papel que foi posto numa correnteza, ele está leve entende? ele é limpo e puro, mas aos poucos se desfaz...

"Um tristeza, um cansaço. Ir e não ter. Dar e não receber. Eis o destino solitário. Ah! amores, lindos puros. Num bar, de relance. Numa festa, insistente. No meu coração uma recusa."