sábado, 30 de abril de 2011

rascunho

Odeio quando lêem meus textos e fazem algum comentário, eu odeio pessoas que ficam imaginando o que eu sinto ou estou deixando de sentir pois interpretam minhas frases. Eu simplesmente odeio que me vejam desse jeito,pois quando eu escrevo eu me entrego.
Todos meus textos,frases e pensamentos é um retrato de minha alma, sem mascaras sem maquinagem. Escrevo aqui, tudo o que em mim já doeu,já latejou já alegrou... O que eu estou tentando dizer é que me odeio sentir-me assim tão frágil.
Me mostrei assim uma vez para uma pessoa, me pus nua de alma e deixei que ele interpretar-se do jeito que quisesse. Eu lhe mostrei meus medos pouco a pouco e quando lhe tinha de apoio ele fugiu.

Estou num momento de ódio, mas infelizmente não consigo escrever nada ... não consigo colocar para fora.... tenho vontade de gritar até ficar sem voz. O que você vai concluir?

sexta-feira, 29 de abril de 2011



Quando deito em minha cama e fecho os olhos cansados, eu sei que vou te encontrar e é por isso que eu suspiro e fico demasiadamente ansiosa.Você acredita que eu fico nervosa só de pensar no nosso encontro nos meus sonhos? isso é confuso.



Você está se perdendo de mim, eu já te disse isso antes ou eu já escrevi sobre isso antes, eu não me lembro...



Querido, você é tão lindo voando. É lindo quando você pega na minha mão e me diz pra ficar calma, ou quando pega forte em mim e me diz pra ficar. Eu não queria acordar.



Leia esses textos confusos e lembre de mim.É quando eu posso me encontrar com você.

“Queria que você pudesse ouvir as coisas exatamente como elas são, os barulhos em volta, a minha voz, a entonação da minha voz, as pausas, a rapidez ou a lentidão ao respirar. Mas nós sabemos que nunca é assim. Que qualquer coisa que eu diga ou faça sempre será uma invenção, não é possível reproduzir a realidade, apenas recriá-la, você costumava dizer, você gostava disso, essas frases que você repetia para os teus alunos.”


(Carola Saavedra in: Paisagem com dromedários. Ed. Companhia das Letras, p. 71)

quinta-feira, 28 de abril de 2011






Como eu queria agora ir para a sua casa, deitar na sua cama, ouvir a sua voz, esquentar meu pé na sua batata da perna.

T.B

quarta-feira, 27 de abril de 2011




O cheiro daquela casa me remetia a infância que, embora não fosse uma fase repleta de recordações belas e agradáveis ainda assim me trazia saudade. A verdade era que eu tinha medo daquele local, pois sabia que em fusão da minha imaginação exacerbada e ilusões não promissórias, aquelas paredes de quadros mágicos iriam derreter-se ao poucos;sim já sabia.
Mesmo moldada de desesperanças entrei na sala um pouco apreensiva, algo no meu estômago queria voar,porém como já feito milhares de vezes antes, engoli à seco a ansiedade e matei todas( quase todas) borboletas no meu estômago.

Ele como sempre atencioso com suas próprias palavras e com sua própria vida, contava entusiasmado sobre detalhes daquela casa construída à base de sonhos.As frases que me dizia faziam o menor sentindo naquela hora , ele não tinha a sensibilidade de perceber meu mundo estava desabando e eu não tinha a sensibilidade de entrar no mundo dele.

Impaciente, sentei no sofá o qual trazia muitas histórias e as quais eu não estava interessada em saber,porém sorri quando ele contou que aquele lugar onde eu acabará de sentar era o predileto do seu cão.

Pedi um copo d' água ,não estava com sede e para ser sincera já estava me afogando à algumas horas.Respirei fundo e ele perguntou se eu estava bem. Algum momento se passou e me perdi num plano de silencio e lembranças confusas. Estava tão concentrada no chão daquela casa que foi meu abrigo por tempos, e o mesmo chão que me servirá de apoio estava se abrindo a cada passo, a cada palavra. Definitivamente não estava bem, como gesto espontâneo sorri e balancei a cabeça, a mesma que agora estava tão mais pesada pois a máscara que carreguei por anos estava caindo sem que eu pudesse impedir.

Para onde foram minhas palavras? eu não conseguia nem responde-lo, muito menos prestar atenção no que me dizia. Foi preciso chegar naquele local para perceber mais uma vez que meu mundo não estável, e que nunca foi.

Eu, que sempre tentei convence-lo de que estava certa , encontrei-me ali sem argumentos,sem fé e nua de esperanças.Ele não entendeu meu silêncio, eu nunca entendi as verdades dele,logo me vi no direito de me abstrair daquele momento.

Pode ser que tenha acontecido várias coisas nesse meio tempo,porém em mim só ficou um vácuo de memórias.Passei dias sonhando com nosso encontro e com aquela casa, talvez dias não mostre a verdadeira intensidade e talvez seja exagero,embora eu saiba das noites que ele me veio a cabeça e as manhas que passei sem conseguir tira-lo. Nessas noites eu desenhei cada gesto e fabriquei essa casa, a mesma que vi cair à minha frente.

Ele me importava tanto antigamente, essa casa era tão bonita... eu não entendo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011



Estou tentando te perder no meio de conversas engraçadas, ou histórias de finais de semana. Me dedico no exercicio de não ter tempo de pensar no que eu poderia ser, pois eu estou sendo agora. No meio de livros de gramática, história da arte e geo-politica eu tento preencher o espaço que você me deixou,e estou tentando desesperadamente me convencer que isso está certo, e que só o tempo ou a falta dele irá sossegar esse anseio de você. Evito aquelas músicas que sempre repetem mil vezes o refrão na nossa mente... Tento evitar momentos prolongados de risada pois pensarei logo em te contar o quanto aquilo foi engraçado, mas eu não tenho tempo e você também não tem tempo para isso, e logo esqueço. Tenho andado rápido sem reparar nas cores das casas, pois eu sei que você faria isso junto comigo. Estou suprindo sua falta nos abraços amáveis de amigos que embora sintam a ausência de algo em mim, mal imaginam o que seja. Evito conversas prolongadas no telefone, pois eu nunca sei o que dizer e sei que você também não saberia, o que deixava tudo tão mais fácil...Acredito que com o coração calmo e o tempo acelerado eu consiga reconstruir o pedaço que me foi roubado, mesmo que seja aos poucos, mesmo que for preciso de muito tempo,muita chuva,muitos livros e talvez alguns remédios para dormir.
"A língua travava de vontade de mudar todo o discurso pronto e dizer apenas a verdade. Mas qual era a verdade? Então seguia fingindo. A vida inteira. Estudou um monte de coisa que se embaralhava na sua frente, mas fingia acreditar que aquilo a levaria para algum lugar. Um lugar com novos amigos e novos amores, talvez. Talvez essa fosse a verdade que purificaria tanta coisa sem sentido. Mas também não era isso porque, com esses amigos e amores, Ritinha seguia fingindo. De fingir estudar passou em tudo que fingiu se importar. De fingir curtir as festas e os amigos e aquilo tudo, Ritinha vivia em álbuns felizes e acabava feliz. De fingir amar, acabou chorando e doendo e escrevendo tantas coisas bonitas. Ritinha seguia fingindo o tempo todo. Às vezes, com medo de morrer soterrada por tanto teatro, Ritinha segurava firme no fundo dos olhos de alguém e dizia: a verdade é que, a verdade é que. E a pessoa, caso fosse assim como Ritinha, uma pessoa especial (porque quem procura essa verdade sempre é) só dizia: eu sei, eu sei. E era isso.Qual o caminho mais rápido para a minha cama, o silêncio, o escuro. Ritinha abraça as pernas, como criança, e se diz baixinho: não dá pra saber a verdade, não dá pra parar a cabeça, nada parece realmente o que é, hoje eu não disse o que realmente queria, aquelas pessoas não sentem aquilo que demonstram, eu pouco me importo com 70% dos preenchimentos do meu dia, mas é preciso chegar até amanhã. É preciso chegar. "


RESUMIRAM MINHA VIDA...

sábado, 23 de abril de 2011

Escrever é tão limitante que às vezes também me sufoca, porque eu não consigo transmitir em palavras tudo que me trava a garganta.O que no meu peito arde,o que nele doí ninguém consegue sentir.O minuto que quase morri, a explosão de felicidade as pernas moles... O que acumula dentro do meu corpo nem sempre é ruim, mas tenho uma vontade incontrolável de mandar tudo para fora, para que assim haja espaços para coisas novas, e esse circulo não para.


"Quantas vezes tenho vontade de rasgar o peito e estourar o crânio vendo que somos tão pouca coisa uns para os outros! Ah! o que trago em mim de amor, - alegria, calor e embriaguez só de mim depende, não me poderá ser dado por outrem; e, o coração transbordando de felicidade, não poderei fazer feliz esse outrem, se Ele permanece frio e sem força diante de mim."

(Goethe, in Os Sofrimentos do Jovem Werther)
"Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo a mata. Quem tenta ajudar um broto a sair da semente o destrói. Há certas coisas que não podem ser ajudadas. Tem que acontecer de dentro para fora.(...)"

(Rubem Alves, in Sobre o tempo e a eternidade)
Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida. Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem.


" Não posso mentir a você, não quero. Mas por favor não fantasie, menina, não seja demasiado adolescente. Como eu te escrevi várias vezes, é no nosso encontro, cara a cara, olho a olho, que as coisas vão se definir.
Veja se você consegue separar o sonho da realidade.

... "



não, não consigo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011



"Então eu te disse que o que me doíam eram essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exata. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse."

(Caio F. Abreu)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Minha alma sempre dança enquanto durmo



Ontem eu senti muito frio, a janela ficou aberta a noite toda.
Enquanto sonhava minha alma tentava desesperadamente dizer que estava querendo sair dali, mas relutei tanto e ela se aquietou. O vento batia gelado sob minha pele nua e eu só pensava em fugir, sair daquela cidade cinza. Meus olhos estavam fechados mas eu enxergava cada rua vazia desse bairro, os esgotos sujos os gatos famintos os sonhos perdidos... Queria acordar e não ter que vestir minha máscara de novo,queria respirar fundo um ar que limpasse a alma. Mas eu sempre acordo atrasada, e o tempo sempre corre ,o cinza continua o mesmo.E eu já fechei a janela mas ainda sinto frio.







Finalmente está acabando, a fé está se esvaindo pouco a pouco. As lembranças se perdem entre sonhos tortuosos e eu tento pegar nas mãos a alegria que você me deixou. Não vou chorar, minhas lágrimas serviriam como impulso, como consolo de algo que nunca aconteceu.Enquanto eu acordo cedo e vou dormir tarde por todos esses dias, cheia de livros,cadernos e informações lá está você. Meio perdido entre uma conversa de almoço, súbita lembrança entre um paragrafo ou outro da minha redação. Você está no meu sorriso involuntário ao lembrar que aquilo que me disse aconteceu.Você esteve todos os dias comigo, mas nem um só dia eu estive com você. Isso não é mais tão frequente, seu rosto sorridente já me desaparece os detalhes antes tão vivos na minha memória. Enquanto ajoelho na frente da privada e tento vomitar o que me restou de você suas palavras vagas passam rapidamente no meu ouvido, assim nua e fraca me vejo perdida e doente sem saber ao menos quando isso começou.
"Se os escritores estivessem plenamente satisfeitos com o mundo real em que vivem, não criariam um novo mundo na ficção."
Marcelo Backes.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

... O mundo se tornara de novo um mal-estar. Vários anos ruíam, as gemas amarelas escorriam. Expulsa de seus próprios dias, parecia-lhe que as pessoas na rua eram periclitantes, que se mantinham por um mínimo equlíbrio à tona da escuridão - e por um momento a falta de sentido deixava-as tão livres que elas não sabiam para onde ir. Perceber uma ausência de lei foi tão súbito que Ana se agarrou ao banco da frente, como se pudesse cair do bonde, como se as coisas pudessem ser revertidas com as mesma calma com que não eram. O que chamava de crise viera afinal. E sua marca era o prazer intenso com que olhava agora as coisas, sofrendo, espantada. O calor se tornara mais abafado, tudo tinha ganho uma força e vozes mais altas. (Amor) Laços de Família, Clarice Lispector.
Você está conseguindo sem muitos esforços acabar com minhas esperanças e era tudo o que eu mais queria. Estou perdendo horas com minha imaginação, tenho tido dores no estômago e sinto náuseas frequentemente, não é normal. Você não pensa em mim quando acorda, nem quando acontece algo muito engraçado, não pensa em mim quando está perdendo o sono porque passou tempo demais imaginando como foi meu dia... Você não faz isso. E eu também não queria fazer. Eu só preciso de mais algumas palavras que soem um pouco duras de mais, uma saída as pressas, mais um argumento bobo ou uma frase infeliz é disso que eu preciso... Mas por favor não me faça acreditar nessa histórinha boba, nesse seu sorriso, nesses seus adjetivos usados sem limites e não faça eu imaginar você eu odeio isso, às vezes eu odeio você.E eu fico caindo e caindo, mais uma vez. Até o próximo texto em que escreverei as milhares de sensações que você me causa .Estou cansada e você? aposto que não.

Esse tempo

Não gosto do tempo assim. Esse calor me sufoca de tal forma que as vezes quero falar mas doí e cansa.Esse tempo faz meu mundo imaginário torna-se escorregadio, não tão bonito.Nos meu sonhos, lá onde eu sempre escapo estão tão mais pesados,lentos talvez até um pouco sujos.Enquanto eu respiro fundo e me viro numa cama de molas, tento procurar no chão,armário ou prateleiras o que me fez continuar até agora.Me viro para o outro lado procurando um lugar mais fresco,fecho os olhos e encontro tudo o que eu sempre procurei. Me doí saber que só encontro isso quando os olhos estão fechados e a mente aberta demais, quando abro os olhos novamente é como se as paredes a minha volta estivessem derretendo. Acredito que a culpa seja do tempo, não quero pensar que não exista razão... Ela existe mas é tão solúvel...

sábado, 16 de abril de 2011

Já passou

Eu não queria que fosse assim querido, mas o tempo passou por nossas vidas como uma tempestade duradoura e violenta. Agora para mim, são tempos de paz,consegui organizar tudo o que havia se perdido porque afinal,sempre se perde algo com tudo isso. Consegui limpar tudo por dentro, talvez não tudo mas certamente o que existia de mais sujo em mim. Consegui ver o reflexo de minha alma, agora sem sentir medo, pena ou nojo de mim. Eu queria que as coisa para você também fosse assim. Tenho tido pesadelos com o meu futuro, e sempre me parece que tem algo pesado no peito. Eu sei que é você. Também sei que lutei contra isso o tempo todo, por imaturidade, medo e egoísmo.Mas eu já te disse tudo isso uma vez e suas palavras agora tão diferentes do que eram, me faz enxergar o rastro que a tempestade realmente te deixou. Quisera eu voltar no tempo para mudar meus gestos, palavras e sentimentos. Mas não posso, perderia todo amadurecimento conquistado com essas lutas diárias. O que eu sentia por você foi lindo, e ainda guardo uma parte bem sincera disso,acredite. Mas minhas mãos estão atadas e não posso fazer mais nada além de te disser toda a verdade. Me desculpe por tudo,você continua nos meus pensamentos de uma forma diferente hoje.Queria que tudo fosse mais claro pra você ,como está sendo pra mim. Esse texto é pra você, espero que leia.
"O ciúme. Esse veneno. E gratuito. (...) Nesses amores obsessivos, você deixa de ser a pessoa autoconfiante de sempre, quando você está no torvelinho da paixão... (...) Eu me sinto ansioso se não telefonar para ela todos os dias, e assim que ligo para ela fico ansioso." (Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 38)

sexta-feira, 15 de abril de 2011


Minhas palavras assim confusas não o faz imaginar metade da pessoa que sou? já percebeu que o filtro obrigatório entre a cabeça e a boca presente em quase to mundo, me falta quase sempre? Você sabe.Por isso que eu gosto de te escrever. Não me cobras , eu muito menos penso em lhe explicar qualquer coisa... Se eu te conto meus casos e histórias é para que nelas você se reconheça, pois há tempos em que existe em mim ,uma parte que é sua. Tenho lhe dito sempre para continuar, tentando assim me fazer acreditar que caminhar é sempre a melhor escolha... Você anda tão pálido querido, queria ver o filme passar nos seus olhos e saber que parte lhe doí mais,eu pausaria bruscamente pegaria na tua mão e diria que tudo daria certo.Eu te ajudo a levantar. Tua fragilidade é apenas fragilidade e não fraqueza, vontade não me falta em sair correndo e tentar tirar do seu peito cada pedaço de dor, cada sentimento que o tornou assim. Pega na minha mão e acredita que ainda existe sonho, porque com você é tão mais fácil enxergar. Não quero fazer disso um filme de romance, o que sinto por você é bem mais limpo do que qualquer paixão arrastada... Entenda, não existe nada mais bonito do que o reconhecimento de duas almas, a minha te escolheu. E não é por isso que temos que andar de mãos dados por ai, queria que você soubesse que não quero quebrar esse elo que existe em nós. Enquanto minha cabeça pesa eu procuro você.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

um pedacinho

Desmanchei assim meus sonhos,como quem desmancha um desenho que não gostou.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

noite de chuva e me caíram rios, o que eu fiz esse tempo todo?
Senti a água batendo de leve minha cabeça, fechei os olhos devagar , gota por gota caindo se misturando com as lágrimas e na cabeça tudo limpo.
engoli sem dor as palavras de verdade, descansei.

A luz


Apague tudo que eu te escrevi, eu tive uma epifania! Apague tudo que eu criei, joga fora tudo. Vamos começar de novo, nem vamos começar. Esquece o que aconteceu, não lhe disse NADA Não existe nada, eu tive uma epifania meu Deus...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

"Mas é que a verdade nunca me fez sentido. A verdade não me faz sentido! É por isso que eu a temia e a temo. Desamparada, eu te entrego tudo - para que faças disso uma coisa alegre. Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu nunca falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia." (A Paixão Segundo G.H., Clarice Lispector)

domingo, 10 de abril de 2011


Ele tinha mais de 20 e poucos anos, e temia saber quase tudo. Ela estava prestes a ter uma das melhores idades, mas temia saber quase nada.Porém algo nela atraia ele, e algo nele fazia com que os desejos dela ficassem a flor da pele. Ele, rapaz bonito de sorriso atraente e dotes artísticos.Sabia discutir sobre politica,educação e arte.Com o passar dos anos se fechou em si, com seu conhecimento e impotência por não conseguir fazer nada além de reclamar. Ela, menina teimosa, tinha consigo todos os sonhos do mundo porém carregava dúvidas e incertezas como, qual caminho seguir ou quando seguir... Ela encontrou nele, tudo o que existia de ausência dentro dela.As perguntas já não eram tão dificieis quando feitas para ele, de um modo ou de outro ele conseguia fazer com que ela pensasse de um jeito tão mais limpo e tranquilo. Ele que sabia tudo de quase tudo, temia a cada conversa as perguntas daquela garota. Ela não aceitava um sim ou um não, tudo nela era profundo tudo precisava de um porque. E com 20 e poucos anos e amores, se viu fragio e patético a imagem de uma menina sorridente a qual os planos se encostavam nos seus. De todas as conversas o que mais lhe marcara era sua ansiedade,o coração com taquicardia e suas mãos frias e tremulas,pensou com ela mesma : Maldito, não poderia me deixar envolver... Embora ela pensasse nisso muitas e muitas vezes, sabia que suas mãos estavam atadas e que seu coração já se perderá a muito tempo. O que lhe doía era justamente a incerteza, não tinha um sim ou não, nem tão pouco um talvez, não tinha nada... Ele, com seus calos e realismo não estava assim tão disposto ou ansioso, conseguia manter-se no seu pedestal, criado para evitar quedas ou cortes profundos e pensava singelo consigo: Maldita, quer de qualquer jeito tirar meu equilíbrio... Mas ele sabia que o desejo dela não era esse, e que a pesar disso já o tirou a muito tempo.Mas ele estava fadigado, talvez não dela e sim de tudo. Pensava nisso por horas, e ela sabia que seu cansaço por parte se devia a ela. Ele a completava com as certezas, ela o completava com as dúvidas... Mas resolveu ir embora, pois não queria encontrar as respostas assim tão rápidas,ela quer que o vento as traga junto com outras incertezas. Ele continuou com seu discurso de sábio porém depressivo, que embora saiba tudo, não consegue se encontrar...

sábado, 9 de abril de 2011

Irmão


Meu menino cresceu não brinca mais comigo. Se guarda e nem quando eu chamo ele me serve de abrigo. Eu choro a lembrar das nossas histórias de criança,você sempre ganhava e mesmo assim foi embora. O tempo passou mas eu sinto tua falta, você está perto mais tão longe de mim. Queria protege-lo das dores que sinto mas sei que é impossível e que você já as sentiu. Entre frases jogadas nesse texto eu te encontro, e choro ao lê-lo e reconhecer a verdade. Minhas palavras não o atraem, e as suas as vezes tão ríspidas me machucam sem perceber. Me fecho cada vez mais, e você não me encontra. Você era o esconderijo que eu gostava de ter. Não sou tão legal quanto seus novos livros, e nem posso lhe dar o dinheiro que tanto deseja ter, mas eu tenho em mim a falta que você me faz . Queria de novo no seu colo deitar e pedir sua ajuda , queria que me ensina-se sobre a vida lá fora. Suas músicas tão bonitas já não as toca pra mim. Sua íris só brilha quando vê sua amada. Eu sei que já não me vê como sua pequena, que um dia você tanto quis proteger. Só queria voltar de novo a ser sua companhia e dividir contigo minhas risadas, não é pedir muito ter você irmão, de volta pra mim.

Uma carta

Queria gritar, as vozes abafadas por uma bala. Queria chorar as dores dos pais vendo seus filhos frios,caídos no chão . Queria falar as palavras que arranham a minha garganta enquanto as engulo. Eu queria...


Futuros roubados a troco de nada , e a única coisa que consigo escutar é seu sorriso sádico e pedidos de ajuda. Não me bateram, não me roubaram, mas arrancaram de mim uma parte que não volta mais. Não ouço mais a risada daquela garota, não vejo a menina sentada na sala, não poderei brincar de desvendar o futuro, você arrancou isso de mim.


A cada batida do meu coração eu sinto que falta aquela esperança , que "a pesar de" tudo dará certo. A cada tiro disparado, o dobro doeu em mim.


O impuros tão puros, culpados por um crime que nunca existiu. Você partiu. Poderia ter deixado boas recordações , mas agora só existe um rastro de sangue. O pano branco não foi usado com você, foi jogado por cima de 11 crianças. Os puros banhados por sangue.



Você não matou 11 crianças. você matou milhões de pais, milhões de jovens; você me matou. O escuro que criou-se em você não foi a religião que causou, não foi o excesso, não foram as palavras duras, os gritos e humilhações. Foi a falta de esperança que aos poucos foi tirada de você.
Você conseguiu fazer o pior dos crimes, destruiu o que poderia nascer, desfez planos,tirou esperanças e esperas, você destruiu a incerteza, o futuro , as realizações , os sorrisos, você destruiu tudo com uma arma de mágoas, disparada contra o vários corações inclusive o meu.

sábado, 2 de abril de 2011

Não é vazio...


O que tem em mim não é vazio É um amontoado de coisas sem respostas Sentimentos sem nomes, mágoas acumuladas Que eu simplismente não consigo jogar fora. Me deixo levar pelo som do vento Repouso a cabeça no travesseiro, mas mesmo assim, Um grito impetuoso consegue derrubar todas as paredes contruidas Eu rezo baixinho a noite, mesmo quando chove Mesmo quando doi, eu peço hulmide que me limpe a alma Que me molhe por dentro Mas há dias que não chove nem aqui nem lá fora.