domingo, 28 de agosto de 2011

O cheiro da canela,um chá a meia noite e um motivo para ficar


Meu corpo tão domável, hoje dopado de alegria me locauteia aos poucos.E tudo que há em mim, coloca-me vagorazamente na cama . Minha mente transfunde o travesseiro e juntos colocamos em ordem os cheiros,a música no parque o olhar no elevador, o choro as 9 da manha, a dor de cabeça que demorou a passar,a roupa e dia de amanha,o passarinho,o medo, a voz engraçada,o filme novo,a vizinha chata, e a nostalgia ao entardecer...
Apagaram as luzes dentro de mim, mas algo ainda está acordado.A reserva que tenho aparece sempre em momentos de desespero,mas quando há calmaria não consigo decifrar como cheguei até esses textos melancólicos.Onde guarda tanta dor uma menina desse tamanho?. Passou, já passou mas,existe um espaço vago dentro de mim que necessita se preenchido antes que eu formate novamente.Jogaram um livro inteiro no lixo, apaga-lo daria muito trabalho. Meu olho pesa,é hora da minha alma passear...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

-Eu fui tão boa um dia...acabou tudo


- Ainda permanece,você sabe


-Essas coisas bonitas andam se escondendo ultimamente


- Você anda se escondendo em mim ultimamente

domingo, 21 de agosto de 2011

Minha alma andou discreta sob as ruas dessa cidade na última noite, meu corpo doí.Sinto uma moleza que derruba-me pouco a pouco,membro por membro. No meu corpo permaneceu a moldura da cama gelada, e na cama a moldura do meu corpo gelado.
Todos esse gestos de luta são dispensavéis, e quem só olha a beleza da vida tem me evitado ultimamente.Mentir a dor para suportara realidade lutuosa é sinonimo de decadência espiritual.
O meu corpo dolorido se fez das tentativas fracassadas de fuga da alma, ela bate nas camadas de concreto que existe na saída da vida. Tudo é confuso, não há nada palpável para que eu possa suportar esses ventos,meu corpo treme.
É que quando esfria tudo doí mais, e quando esfria ela me diz que meus textos são deprimentes.Mas eu choro frequentemente, ela não entende que a mandante é a alma, eu não escolho, eu não escrevo, ela sabe de tudo. Mas quem aguenta as dores do corpo,os olhares justiceiros, as palavras cortantes e a falta de voz sou eu,pois ela se ausenta,encolhe-se ao no pouco de ser que me resta.Ela escapa toda noite, ela me deixa sozinha...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

"Pensei em fazer um pedido, era meu aniversário. Mas não tinha nada para pedir. As coisas vivas, pensei, as coisas vivas não precisam pedir."

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Uma paz conquistada,a qual não pode ser fingida em textos esperançosos falando sobre o mar.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Por mim, a sua cabeça e a daquela menina que pinta o cabelo de vermelho florescente, poderiam explodir.O exercício de paciência está sendo cumprido, mas eu não ligaria se você por bom senso ou desespero quisesse se enforcar.
Espero que os acéfalos que te rodeiam tenham suas ideias trituradas no liquidificador da vida, e que sobre apenas uma pasta de desesperança.
Estou sendo muito agressiva,coração?peço que me perdoe, acho que a parte delicada do meu ser está pensando numa forma leve de arrancar seus ossos.
Não me sobra nada além da raiva. É um amargo que me vem a garganta, o qual tenho engolido há tempos. Melhor eu dormir, antes que arranque o coração de alguém.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"Queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa que eu escrevi."


Eu peço mas é sem motivo. Reclamo pela fartura, e a tempestade que faço é pelo pouco que não foi me dado. Mas sempre há verdade no meu desgosto.
Depois da tarde, ignoras meus textos e poemas.Minhas frases que ontem foram tão questionáveis hoje, já nem se põem na balança.
Ah, os amores...Em dias de caos parece que tudo é suportável, menos a ausência. Vindas adiadas, encontros perdidos e isso é tudo o que me resta dessa história tardia.
É lindo e doloroso esse amor infinito por tudo que é livre.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

"Me devolve seu sorriso? Parece que eu não te faço mais sorrir, assim eu desespero mesmo. É uma resposta simples pra uma pergunta simples: Você vai voltar?"


aiai,meu rapaz...
chega de instabilidade por enquanto.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Se tudo a minha volta gira, como é que consigo pregar os dois pés no chão? e meu corpo bambeia desequilibrado de um canto pro outro,mas meu rosto ainda não sentiu a textura desse piso.
Procuro sempre o derrame, a queda, a sofridão que me derrube por semanas, para que assim possa tocar nos dedos uma dor relevante,uma dor que não seja a desse cotidiano.

O cansaço tomou conta do meu corpo, e os pedidos de parada ecoam no meu ouvido fazendo assim que eu diminua minha velocidade aos poucos.
Hoje é dia de tempestade, mas não chove nem aqui nem lá fora.Vejo vultos de guarda-chuvas pretos se atropelando nessa calçada, mas não há uma se quer gota d' água.
Tenho me inclinado para o lado dormente,não me impressionam , não me afetam... e por isso procuro algo pra sentir.Por isso te procuro.
“O que eu começava a escrever como se fosse ela nem precisava ser bom. Nem precisaria ser publicado. Ninguém leria. Era só para dar forma àquela sensação de andar por ruas líquidas e respirar um ar pastoso e dormir noites ocas, era só para saber o que fazer com o céu pastoso quando ele crescia, se avolumava e perigava cair sobre a minha cabeça como uma samambaia que despencasse da varanda.”