segunda-feira, 26 de setembro de 2011

as nossas dores são sempre maiores


O meu definitivo adeus se deu quando eu menos esperava, todas as dores sentidas antes pareceram para mim como cócegas,e hoje,finalmente hoje, eu senti o que era estar verdadeiramente só.
Estou extremamente cansado de carregar esse peso, algo que me afunda cada vez mais.Estou exausto demais para chorar novamente a mesma dor,e mesmo tendendo pro lado chuvoso,eu continuo.
Não,não é fácil. Fácil seria sentar no meio da sala numa tarde de quarta-feira e chorar até escurecer. Fácil seria deitar na cama e por lá ficar por 3 dias,ou mais.Mas não é nada fácil continuar, andar em linha reta e tentar ser racional.Tropeço freqüentemente nos meus próprios pedaços caídos ao chão,recolho um por um e continuo.
Certo, novamente fiquei sozinho e esse sempre foi o pior pesadelo. Sozinho num ônibus me remete liberdade e solidão. Paisagens passam ao redor e o instinto é dividir.Porque quando fico só eu transbordo todo meu cotidiano,preso em mim mesmo.
O seu adeus, o nosso adeus, doe-me tanto porque fez-se solitário. Adeus de rodoviária, adeus com presa. Abandono indeciso, mas com a certeza que seria o final.

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