quinta-feira, 7 de julho de 2011

Minhas fiéis borboletas


Que máscara que eu visto sempre ao te encontrar? como consigo lhe dar tantos beijos sem amor?Como esse vazio tomou conta do meu corpo? Por que?...
Nessa minha indiferença, lhe ofereço um corpo leve e branco,e você aceita sem hesitar,como se não houvesse no mundo outro coração. Há tantos corações mais nobres que o meu pelas ruas dessa cidade, porque insistir em se machucar?Te dou meu braço,meu abraço,meus dedos e minha mão , mas nunca me dou de corpo inteiro,sou sempre metade. E nem sei se a metade que lhe ofereço é verdadeira.
Suas frases tão cheias de amor me soam tão banais, e me esforço para fingir ao menos gratidão.Por que Deus? por que quando me oferecem a alma eu não acolho? por que vivo atrás de palavras incertas,caminhos incertos,corações cheios de traumas?
Desejei que minhas pernas tremessem ao lhe ver, desejei reviver as borboletas mortas do meu estômago,desejei querer um beijo seu,desejei dormir e acordar com seu sorriso na cabeça. Mas só me vem o outro, o beijo do outro, as borboletas impacientes do outro ,o sorriso do outro... a agonia do outro.
Você me trás tudo o que me faltava nele, só não me trouxe ele.Por estar desesperadamente entregue de alma,corpo e coração para outro, que seus afetos não me bastam. E sei, que minha entrega não é reciproca, que as noites mal dormidas também não.Mas me dou sem pedir em troca,e me doou para ele sabendo que doerá.Eu escolhi isso, e é por isso que tenho tanto medo de te interromper, estamos vivendo a mesma história só que em vidas diferentes... dois corações querendo se doar, e dois corações sujos que não querem mais se aquecer.Três pessoas infelizes

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